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SEGURANÇA PÚBLICA

Entidades e instituições se unem para tentar brecar furtos e roubos em lojas e supermercados de Blumenau 

Reunião segurança pública
Encontro ocorreu na manhã desta sexta-feira, no Quality Hotel. Foto: Pancho

Poucas vezes se viu tamanha mobilização para tentar resolver um problema de segurança pública de Blumenau. O foco agora é em furtos e roubos, crimes que têm incomodado cada vez mais comerciantes e supermercadistas da cidade.

Não é raro os empresários flagrarem pelas câmeras de vigilância pessoas colocando comida e outros itens dentro das roupas e das mochilas. Muitos desses vilões são criminosos contumazes, que chegam a repassar os produtos para receptadores. Uma verdadeira indústria de ilegalidades.

O presidente do Conselho Deliberativo da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Paulo César Lopes, diz que as perdas com furtos e roubos nos estabelecimentos do Brasil chegam a R$ 2 bilhões por ano. Dono de uma rede de supermercados, Lopes diz que tão ruim ou pior que a perda das mercadorias, são as ameaças de morte que os bandidos fazem, armados, aos funcionários e familiares depois de uma ocorrência.

— Muitos colaboradores pedem a conta depois dessa experiência — diz o empresário.

O problema maior não está na polícia. Tanto civis como militares atuam e muitas vezes prendem os criminosos, mas a legislação é benevolente e é muito comum vê-los deixar a delegacia em liberdade horas depois do furto. Soltos, eles voltam a praticar o crime e o “prende e solta”, aliado à impunidade, garante a perpetuação da espécie.

Discussão

Na sexta-feira, 26, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Blumenau promoveu uma segunda reunião para discutir maneiras de diminuir esse tipo de ocorrência. Mais de 20 pessoas participaram, entre representantes de entidades empresariais, das polícias e dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Depois de quase duas horas de conversa foram definidos os primeiros passos para enfrentar o problema.

Um grupo de trabalho permanente será formado para acompanhar as ações que, inicialmente, ajudariam a resolver ou pelo menos amenizar a criminalidade. Esse grupo vai trabalhar também na identificação de leis que precisam ser alteradas para evitar o “enxugamento de gelo” das polícias.

Outra atribuição dada ao grupo é articular politicamente a criação de um fundo permanente, com dinheiro público, para melhor equipar as polícias da cidade. Pressionar o governo do estado para que o número de policiais aumente na cidade também faz parte das atribuições do grupo.

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A última tarefa, acatando sugestão reforçada por um dos diretores da Associação Empresarial de Blumenau (Acib), Avelino Lombardi Jr., é a de pressionar os governos para melhorar o arsenal tecnológico disponível na cidade com o objetivo de monitorar a população, identificar criminosos e evitar as ocorrências. Lombardi diz que há equipamento e software capazes de ajudar nesse sentido.

Uma terceira reunião será marcada para dar sequência às conversas e às ações. Provavelmente para o mês de fevereiro. Enquanto isso, cada um dos envolvidos vai trabalhar também no que é possível fazer em seus cargos e postos de trabalho para dar fim ao problema.

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