A projeção de casos ativos de covid-19 e de internações feitas pela Unimed para a cidade de Blumenau não se confirmou até o momento. Pelo menos em relação aos casos ativos. Para o alívio momentâneo de todos, os números atuais são menores do que os previstos no cenário mais otimista traçado pelo cientista de dados da cooperativa médica.
Na melhor das hipóteses a projeção previa que no dia 6 de julho a cidade teria 1.628 casos ativos de covid-19 e 78 leitos de UTI ocupados por pacientes com a doença. No domingo, dia 4, eram 1.100 os casos ativos, 33% menor que o projetado, e 66 leitos de UTI estavam ocupados, 15% menor que o indicado pela projeção. Mesmo faltando dois dias, é pouco provável que os números cresçam tanto nesse período a ponto de confirmarem a projeção.
Para o secretário municipal de Promoção da Saúde, Winnetou Krambeck, é difícil dizer o que fez com que os números não se confirmassem. Ainda assim, ele acredita na eficiência da vacinação.
Em Blumenau, 133.133 moradores (36,7% da população) receberam pelo menos a primeira dose e 41.349 (11,4%) estão imunizados com a segunda dose ou com a vacina de dose única. Segundo Krambeck, em muitos casos a primeira dose já garante alguma proteção contra o vírus, o que pode ter feito a diferença nos números de casos ativos e internações.
O secretário acredita que o número de novos casos diagnosticados diariamente deve se manter entre 140 e 150 nas próximas semanas. Da mesma forma, o número de casos ativos deve oscilar entre 1 mil e 1,2 mil nesse período.
Preocupação nos hospitais
Apesar da boa notícia em relação ao que foi previsto, a preocupação com o alto índice de internação persiste. Nas duas primeiras ondas o índice de internação na UTI era de 1,2% dos casos ativos. Na terceira onda esse índice aumentou para 3,7%, muito provavelmente devido à presença das novas variantes do vírus, que aumentam a gravidade da doença. No domingo, o índice de internação em terapia intensiva era de 6% dos casos ativos.
Krambeck lembra que além dos casos de covid-19 os hospitais estão atendendo pacientes de outras doenças. E esse atendimento aumentou significativamente agora porque muitos pacientes deixaram de procurar o médico durante a pandemia.
O índice de hospitalização segue em nível crítico e aumenta a cada dia, sobrecarregando o sistema de atendimento em saúde na cidade. Para evitar o pior, ou seja, a falta de leitos, é imprescindível que a população siga adotando os hábitos necessários para conter a proliferação do vírus: usar máscaras, ficar em casa sempre que possível, lavar as mãos com frequência e manter distância das pessoas. Mesmo os que já receberam a vacina.
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Sobre o Pancho
Sou jornalista formado pela Universidade do Vale Itajaí (Univali) e atuo como profissional desde 1999. Fui repórter...
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