O alemão Heiko Grabolle tem 40 anos e nasceu em Siegen, perto de Frankfurt. O pai é enfermeiro, mas já trabalhou como mecânico. A mãe é dona de casa. Tem dois irmãos e outros dois do segundo casamento do pai. Levou uma tradicional vida do interior da Alemanha. Gostava de montar e desmontar motos, o que aprendeu com o pai, e acampava com os amigos. A separação dos pais fez com que ele trabalhasse para pagar as contas desde cedo. Depois do colégio fez vários estágios: como jardineiro, na administração de uma escola, numa padaria ou trabalhando com reciclagem de lixo. Nada o atraiu suficientemente. O irmão mais velho é cozinheiro e o chef dele chamou Heiko para conhecer o ofício. Quando entrou na cozinha ele descobriu o que queria fazer para o resto da vida. Buscou formação e saiu pela Europa em busca de trabalho. Para a Itália foi com o Exército e lá foi soldado da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Na Suíça trabalhou em hotel. Na Inglaterra aprendeu inglês. Na Espanha trabalhou com o irmão e conheceu a futura esposa, uma brasileira que morava em Florianópolis. O ano era 2001 e ela voltou para o Brasil, mas lançou antes um convite. Heiko atravessou o Atlântico, ficou alguns dias e se apaixonou. Por ela e pelo país. Voltou para a Alemanha, trabalhou por alguns meses em um navio, e foi novamente para o Brasil. Viveu com a namorada em São Paulo e disse que queria se casar. Voltou mais uma vez para a terra natal, fez o mestrado, juntou algum dinheiro e de mala e cuia foi para Florianópolis se casar em 2003. Apesar de toda a experiência teve dificuldade para trabalhar. Começou como auxiliar de cozinha, mas largou o cargo para conhecer o Carnaval. Fez muitos contatos que o levaram até a Unisul para dar aulas. Depois viera Uniasselvi, Univali, Senac, Itajaí, Joinville, Blumenau. Há nove anos está no Senac de Blumenau onde é consultor e analista gastronômico. Levou a instituição para a Oktoberfest onde faz sucesso vendendo salsichas alemãs. Mora em Florianópolis, mas passa três ou quatro dias por semana em Blumenau. Na Oktoberfest fica direto na cidade. Heiko também é food stylist, ou seja, faz a produção para fotografias de comida. Tem a jardinagem como hobby e no futuro quer abrir uma lanchonete de comida alemã. Também quer ser pai e para isso já está na fila de adoção.
Data da entrevista e foto: 3 de outubro de 2017
Ouça a voz de Heiko abaixo
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Sobre o Pancho
Sou jornalista formado pela Universidade do Vale Itajaí (Univali) e atuo como profissional desde 1999. Fui repórter...
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