Faz mais de um ano que parte dos moradores da cidade deixou de se reunir mensalmente na Praça Victor Konder, junto à prefeitura de Blumenau. A última edição da Feirinha da Servidão ocorreu no dia 8 de março de 2020 e, segundo o organizador do evento, Diego Lottin, foi uma das melhores:
— Esperávamos um 2020 muito bom para todos.
Era a edição de número 60 da tradicional feirinha. Reuniu 95 expositores e algo em torno de 5 mil pessoas, na estimativa da organização. Todas dispostas a comprar de produtores e artesãos locais, provar uma iguaria de rua, ouvir boa música e jogar conversa fora. Como faz falta esse tipo de coisa…
Com a pandemia tudo parou. Além dos eventos presenciais, desde outubro a organização congelou todas as ações que ainda circulavam na internet e redes sociais, únicos espaços que poderiam ser explorados por eles.
Diego conta que tentaram algumas alternativas para manter a comunidade ativa, como a loja e vitrine virtuais e o financiamento coletivo. O problema é que nada disso gerou o resultado esperado e necessário. Sem dinheiro, as ações da feirinha foram suspensas.
Custo e insegurança
O organizador explica que com as atuais restrições até seria possível montar uma feira. Ele diz que tem ocorrido em outras cidades do Estado, mas atender as exigências de controle de público, distanciamento e uso de máscaras, além de outras, aumentaria as despesas do evento. E ainda tem o mais importante: a falta de segurança sanitária.
Diego explica que ainda não se sente à vontade para promover qualquer tipo de evento que reúna pessoas. Não gostaria de vê-las tendo que tirar as máscaras para comer e beber algo, mesmo em um espaço ao ar livre.
Enquanto a tal normalidade não dá as caras, ele busca capacitação para novos formatos de eventos. Quer estar preparado para quando for a hora de retomar a feirinha e aplicar maneiras de garantir a segurança de todos.
Futuro promissor
Apesar de todas as dificuldades, Diego vê com otimismo o futuro do evento e do próprio setor. Para ele, os profissionais que trabalham com entretenimento — que passam por muitas dificuldades durante a pandemia — muito provavelmente serão os maiores beneficiados quando o vírus estiver sob controle.
Essa previsão do Diego tem muita relação com o fato de as pessoas terem abdicado do lazer durante a pandemia. Certamente elas tentarão compensar a perda quando tudo passar ou estiver mais seguro.
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Sobre o Pancho
Sou jornalista formado pela Universidade do Vale Itajaí (Univali) e atuo como profissional desde 1999. Fui repórter...
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