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UM ROSTO

Farias 

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Aos 36 anos, o riosulense Manoel de Farias vende balas nos semáforos de Blumenau. Quer dinheiro para tirar a CNH e comprar um utilitário usado. Com ele pretende vender guloseimas e outros alimentos, mas já fez de tudo nesta vida. Aos dois anos foi com os pais para Itapema, onde morou por duas décadas. É o mais velho de três irmãos. O pai era marceneiro e a mãe, aposentada. Teve uma infância feliz, brincando de pega-pega, de esconder e jogando futebol. Estudou até a 3ª série, quando teve que ajudar o pai na marcenaria. Só voltou a estudar com mais de 18. Fez o supletivo e completou o 2º grau. Saiu de casa com 23 anos. Morou em Itajaí, Balneário Camboriú e trabalhou em diversos locais na região. Vendeu caldo de cana e coco gelado, e foi funcionário de padaria, supermercado, restaurante e loja de material de construção. Em paralelo se desenvolveu como atleta de artes marciais, em especial Taekwondo e Hapkidô. Chegou a ir para os semáforos pedir patrocínio, mas a falta de apoio o fez desistir do esporte. Casou-se uma vez. Conheceu a agora ex-esposa num chat e por sete meses só conversaram por telefone. Moraram juntos em Balneário Camboriú, Itapema depois Indaial, onde ele trabalhou em metalúrgica, posto de gasolina e lojas. Contraiu tuberculose e teve que se afastar para o tratamento. Morou em Pomerode antes de voltar para Indaial, depois da separação, há dois anos. É adventista e sempre teve dificuldade com os empregos porque os sábados são dedicados ao descanso. Além de vender balas na rua em Blumenau ele adora cuidar dos sete cachorros que pegou para criar e aproveita o fim de semana para recompor as energias.

Data da foto e entrevista: 30 de agosto de 2017
Ouça abaixo um pouco da voz de Manoel

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