Adalberto Day, 64, nasceu em Blumenau. A mãe era costureira e o pai, tecelão e bombeiro. Ambos trabalhavam na Empresa Industrial Garcia e a família vivia na Rua Almirante Saldanha da Gama, bairro Progresso, numa das casas populares destinadas a funcionários da indústria. Beto, como é conhecido, tem uma irmã mais velha e um irmão mais novo. Estudou na Escola São José, atual Celso Ramos, no Pedro II e no Colégio Vale do Itajaí. Fez o curso técnico em Contabilidade e se formou em Ciência Sociais na Universidade Regional de Blumenau (Furb). A infância foi “extremamente rica e maravilhosa”. Quando não estava na escola, vivia entre os pés de goiaba e pitanga, pescando ou jogando futebol e pião na rua. Na adolescência e juventude jogava futebol, basquete e vôlei e ajudava nos serviços domésticos, como serrar e cortar lenha, além de cuidar das galinhas que eles criavam. Conheceu a futura esposa em uma festinha e se casou aos 23 anos. O casal foi morar na Rua Progresso, onde ficou por oito anos, e hoje está na Rua Julio Heiden há mais de três décadas. Eles tiveram duas filhas e estão juntos há 41 anos. O primeiro emprego ele conquistou aos 15 anos na mesma empresa onde trabalharam o pai e a mãe. Começou como auxiliar de depósito, foi para o faturamento e depois para o departamento pessoal. Foram 25 anos na Empresa Garcia, que depois ganhou o nome Artex. Atuou como professor nas escolas Pedro II, no Canto do Rio, e na Padre José Maurício. Também dava palestras e trabalhou na empresa de um amigo que lidava com peças de carros. Mesmo com tantas atividades, Adalberto é mais reconhecido pelas pesquisas que faz desde os sete anos de idade sobre a história do bairro Garcia e de Blumenau. Começou com a curiosidade sobre a origem dos nomes das localidades e se aprofundou lendo, conversando e reunindo um acervo de fotos, documentos e objetos históricos. Acervo que em breve deve ser colocado ao alcance do público. Também mantém um blog onde publica os resultados das pesquisas que ainda faz. Tudo com o apoio e a colaboração da esposa. Apesar de um câncer que superou recentemente, ele quer viver muitos anos e se sente motivado porque está convicto de que ainda tem muito a fazer.
Data da foto e entrevista: 1º de junho de 2017
Ouça abaixo um pouco da voz de Adalberto
7 Comments
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Sobre o Pancho
Sou jornalista formado pela Universidade do Vale Itajaí (Univali) e atuo como profissional desde 1999. Fui repórter...
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Obrigado Pancho pela gentil entrevista que muito nos envaidece.
Parabéns pelo seu brilhante trabalho como jornalista.
Adalberto Day cientista social e pesquisador da história em Blumenau.
Foi um prazer! Temos que marcar nova visita para conferir o acervo. Grande abraço!
Dependendo do ponto de vista que se analisa, o Adalberto é uma pessoa de muita luta e garra. O AG do Garcia só tem Est á configuração, localiza-se onde está e tem este nome graças a sua intervenção e de alguns amigos. Para os políticos só ficaram aparecer nas fotos.
Valeu Pancho, vamos sim marcar outro dia para conversarmos. Estou sempre a disposição.
Meu caro Adalberto!!
Claro que me senti criança novamente, não poderia ser diferente. Todavia, guardada as devidas proporções com relação nossa diferença se idade, também tive uma infância extremamente maravilhosa. Graças ao tempo que vivemos, os bons costumes, o respeito que tínhamos com os nossos vizinhos, e com os nossos professores. Com isso podemos ter certeza de que tivemos sim uma infância única. Parabéns pelo seu texto, rico em detalhes que nos levou ao passado.
Att.
Nilton
Grande Beto.Sou muito orgulhoso em ter um amigo como você. Muito embora morar longe, meus pensamentos positivos são sempre direcionados a você e dona Dalva.
Abração
[…] de acrescentar registros para a cidade, também concedeu entrevistas. Uma delas foi para o projeto “Um rosto por dia”, do jornalista Pancho, na qual o foco não foi o trabalho que ele realizava, mas a história da […]