Depois de um período de mais de uma semana com a média móvel de novos casos oscilando na casa de sete dezenas por dia, voltamos a registrar aumento no indicador nesta semana. Na quarta-feira a média era de 85 novos casos diários, 12% mais que a média de duas semanas atrás. O índice ainda está dentro do intervalo de estabilidade. Se o aumento for maior que 15% entraremos na fase de crescimento no número de novos diagnósticos.
O secretário municipal de Promoção da Saúde, Winnetou Krambeck, disse na live desta quarta-feira que esse aumento pode ocorrer ainda nesta semana. Pelo menos essa seria a tendência.
O panorama preocupa o município porque o índice de ocupação de leitos de UTI nos hospitais de Blumenau é alto. Na quarta-feira, 54 pacientes com covid-19 ocupavam as terapias intensivas da cidade.
Nas ondas passadas, sempre que os números de novos casos começavam a crescer, a ocupação de leitos para casos graves era bem menor. Ou seja, se a previsão do aumento de número de casos se confirmar, aumenta a possibilidade de faltar leito de UTI na cidade, fato que ainda não ocorreu durante a pandemia.
Mais do que nunca a recomendação é manter as medidas sanitárias pessoais necessárias ao combate da proliferação do novo coronavírus. Ficar em casa sempre que possível, usar máscaras, lavar as mãos com frequência e manter distância das pessoas são armas importantes na guerra contra a doença.
Vacinação baixa
Na live de quarta-feira o prefeito Mário Hildebrandt alertou para a baixa procura pela vacina contra a covid-19. Segundo ele, das cerca de 30 mil pessoas com comorbidades que o município esperava vacinar nesta fase, apenas 10 mil agendaram a imunização. Ao lado do prefeito, Krambeck reforçou que o ato de tomar a vacina não é um ato individual:
— Tomar a vacina é se proteger e proteger a pessoa que está ao seu lado.
Winnetou Krambeck, secretário de Saúde
O secretário também lembrou que pessoas com comorbidade são as mais vulneráveis ao coronavírus. Uma vez infectadas elas são internadas com mais facilidade e a grande maioria das mortes é de pessoas com doenças pré-existentes.
O agendamento para a vacina pode ser feito pelo site da prefeitura ou pelo Alô Saúde, no telefone 156 opção 2.
Confira abaixo quais são os grupos de pessoas que devem agendar e tomar a vacina
– Pessoas com Fibrose Cística acima de 18 anos: Atestado ou declaração médica.
– Pessoas com Síndrome de Down acima dos 18 anos: Atestado ou declaração médica ou Exame de Cariótipo ou ainda Carteira de Transporte Público.
– Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea acima dos 18 anos: Atestado ou declaração médica.
– Pessoas com Deficiência Permanente cadastradas no Programa Benefício de Prestação Continuada (BPC) acima dos 18 anos: Comprovante de recebimento do beneficio.
– Pessoas com Deficiência Permanente acima de 18 anos: Atestado ou declaração médica ou documentos comprobatórios de atendimento em centros de reabilitação ou unidades especializadas no atendimento de pessoas com deficiência ou documento oficial de identidade com a indicação da deficiência, ou ainda Carteira de Transporte Público.
– Pessoas com comorbidades acima de 18 anos: Atestado ou declaração médica que comprove a condição de risco (comorbidade).
– Idosos acima dos 60 anos: Documento de identificação.
– Gestantes acima dos 18 anos com comorbidades: Carteira de acompanhamento da gestante/pré natal ou atestado médico + comprovação de comorbidade.
– Puérperas acima dos 18 anos com comorbidades: Declaração de nascimento da criança ou certidão de nascimento + comprovação de comorbidade.
– Trabalhadores da Saúde: Os trabalhadores de saúde precisam, na hora de receber a vacina, comprovar vínculo empregatício na rede pública ou privada, por meio de documento pessoal com foto, folha de pagamento ou carteira do conselho de classe*.
Confira a lista de comorbidades da terceira etapa da Campanha de Vacinação Contra a Covid-19:
• Diabetes mellitus
• Pneumopatias crônicas graves
• Hipertensão arterial resistente (HAR)
• Hipertensão arterial estágio 3
• Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade
• Insuficiência cardíaca (IC)
• Cor-pulmonale e hipertensão pulmonar
• Cardiopatia hipertensiva
• Síndromes coronarianas
• Valvopatias
• Miocardites e Pericardiopatias
• Doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas
• Arritmias cardíacas
• Cardiopatias congênita no adulto
• Prótese valvares e dispositivos cardíacos implantados
• Doença cerebrovascular
• Doença renal crônica
• Imunossuprimidos
• Hemoglobinopatias graves
• Obesidade mórbida
• Cirrose hepática.
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Sobre o Pancho
Sou jornalista formado pela Universidade do Vale Itajaí (Univali) e atuo como profissional desde 1999. Fui repórter...
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Pancho, se a busca pela vacina está baixa, porque não abrir a vacinação para os demais grupos?
É justo essa espera para aqueles que gostariam de tomar a vacina AGORA?
Quantas pessoas estão aguardando chegar a sua vez, que deve demorar ainda cerca de 1 ano em alguns casos.
E todas essas vacinas aí “paradas”, aguardando por aqueles que já deveriam ter tomado mas AINDA não o fizeram.
Já o fizeram. Nem todas as cidades abriram vacinação para pessoas com comorbidades acima de 18 anos.
E a prefeitura já pediu ao Estado para antecipar a vacinação dos profissionais da saúde, cujo início está agendado para 31 de maio.
Mas pressão nunca é demais.
Abraço, Renato!