Os números da pandemia em Blumenau desta quinta-feira revelam o quanto o coronavírus está se espalhando na cidade. São quatro os recordes registrados com base nos números da Secretaria Municipal de Promoção da Saúde. Em 24 horas a cidade registrou 1.941 casos novos. O número é 15% maior que os 1.690 diagnósticos do dia anterior. Nos outros picos da pandemia o recorde era de 694 casos em 24 horas registrados em 24 de novembro de 2020.
Com isso, a média móvel diária de novos casos também atingiu um patamar inédito. São, em média, 1.451 novos casos diários nos últimos sete dias. Nos picos anteriores a maior média móvel foi registrada no dia 26 de novembro de 2020, quando chegamos a 431 novos casos por dia em uma semana.
A média móvel é usada pelos especialistas para determinar se a transmissão do vírus que provoca a covid-19 está crescendo, se está estabilizada ou se há redução. A comparação é feita com a média de 14 dias atrás. No momento, a média móvel de 1.451 representa aumento de 132%. Variações maiores de 15% indicam que a transmissão está crescendo.
Casos ativos e testes
Outro recorde registrado nesta quinta em Blumenau é o número de casos ativos, ou seja, a quantidade de pessoas que estão com covid-19 neste momento. São 7.900 de acordo com os números divulgados. Nos demais picos da pandemia em Blumenau o maior número registrado havia sido de 4.120 no dia 24 de novembro de 2020.
Por fim, nesta quinta-feira a cidade processou o maior número de testes desde o início da pandemia. Foram 3.388 nas últimas 24 horas, dos quais 57% tiveram resultado positivo para covid-19. Também no dia 24 de novembro de 2020 foram processados 1.399 testes em um dia. Era o maior número registrado na pandemia até a virada deste ano, quando começou o novo, maior e mais rápido pico da pandemia em Blumenau.
Internações crescem
Apesar dos recordes, o número mais importante no momento é o de internados nos hospitais de Blumenau. O que menos se quer é gente desenvolvendo formas graves da doença, o que, mais uma vez, sobrecarregaria o atendimento no sistema de saúde.
Nesta quinta-feira são 47 os internados na cidade. É o maior número desde outubro do ano passado. Dos 47, dez estão em leitos de UTIs, ocupação de 15% dos leitos ativos. Os outros 37 estão em enfermarias, onde a ocupação é de 20%.
Em entrevista ao PAPO COM PANCHO da semana passada o secretário de Promoção da Saúde, Winnetou Krambeck, disse que esperava um aumento nas internações, mas não na mesma proporção do aumento do número de casos. Com a vacinação avançando, tudo indica que a grande maioria dos infectados desenvolve a forma mais leve da covid-19.
A evolução dos números de internação é determinante na hora da prefeitura decidir se adota ou não medidas mais restritivas para evitar a proliferação do vírus e, por consequência, o crescimento na ocupação de leitos e de mortes. Especialistas e o poder público monitoram diariamente esses índices para, se for necessário, evitar um possível colapso no atendimento hospitalar.
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