O cenário mais previsível para o segundo turno em Blumenau se confirmou neste domingo de eleição. O atual prefeito, Mário Hildebrandt (Podemos) e o ex-prefeito João Paulo Kleinübing (DEM) disputarão o direito de trabalhar no gabinete do terceiro andar da prefeitura no próximo dia 29 de novembro.
Hildebrandt larga com a vantagem de ter obtido 68.222 votos, 42,5% do total. Em tese são necessários 12,8 mil dos 66,8 mil votos dados aos demais candidatos para ser o vencedor. João Paulo tem a missão mais difícil. Terá que, no mínimo, triplicar o número de votos recebidos para sonhar com o retorno à prefeitura.
Apesar do segundo turno previsível, uma surpresa revelou o que pode ser uma nova força política na cidade. Odair Tramontin (Novo) recebeu 22.846 votos, 14,2% do total de votos válidos, e quase acabou com os planos políticos de Kleinübing. Superou com relativa folga Ricardo Alba (PSL), Ana Paula Lima (PT) e Ivan Naatz (PL), nomes consolidados no ambiente eleitoral.
O promotor público era um desconhecido do grande público. Com 13 segundos de propaganda na rádio e televisão, apostou na internet e, pelo visto, fez um bom trabalho por lá. Deixa a disputa como aquele que mais conquistou nas eleições, apesar da derrota.
Com um discurso de combate à corrupção, Tramontin atraiu uma parcela importante do eleitorado e ajudou a eleger dois vereadores, Emmanuel Tuca de Santos e Diego Nasato. Depois dos ensaios das eleições passadas, o Novo parece ter encontrado o lugar que buscava na política municipal.
Destaque também para o desempenho do prefeito Mário Hildebrandt. Enfrentou as urnas pela primeira vez como cabeça de chapa e até flertou com a vitória em primeiro turno. Os 68,2 mil votos são, de certa forma, um aceite de parte importante do eleitorado à maneira como geriu a cidade em dois anos e meio.
O cenário está montado para o segundo turno. Para um o desafio é maior e não podemos descartar qualquer desfecho. Especialmente depois do fato de o ex-deputado Jean Kuhlmann ter recebido menos votos no segundo turno que no primeiro, em 2012. Pelo visto, o eleitor também tem razões que a própria razão desconhece.
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Sobre o Pancho
Sou jornalista formado pela Universidade do Vale Itajaí (Univali) e atuo como profissional desde 1999. Fui repórter...
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