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UM ROSTO

Silva 

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José Rocha da Silva, 58, nasceu em Barbalha (CE). É o quarto de nove filhos de um casal de lavradores. A vida era sofrida, mas alimento não faltava. Plantavam milho, feijão e algodão. Com seis anos, José ajudava os pais na lavoura ou buscando água com o jumento, um percurso de 12 quilômetros. Depois caminhava outros 12 quilômetros para assistir às aulas do Mobral. Estudou pouco. Ficou na roça até os 17. Depois de um desentendimento com o pai, trabalhou três meses como servente de pedreiro. Juntou dinheiro, distribuiu os pertences e seguiu para São Paulo. Era 1979. Na rodoviária do Tietê foi recrutado para trabalhar na construção civil. Ficou em um alojamento e por causa da bagunça da “peãozada” deixou o trabalho e a cidade para trás. Nos guichês de passagens gostou do nome Apiaí da Ribeira e seguiu para o Sul do estado. Na nova cidade tomou um café e perguntou ao dono do bar se tinha trabalho. Foi ele quem lhe apresentou o futuro patrão, um fazendeiro. Em quatro anos, viu onça comer boi e casou-se com uma colega de trabalho. Com a lavoura em baixa, foi com o sogro para Sorocaba, onde trabalharam na Votorantim por quase 30 anos. Aposentado, José veio a Blumenau com a esposa e três das cinco filhas. Um amigo indicou a cidade pela tranquilidade. Morou na Rua Itajaí e agora está na Ponta Aguda. Separou-se da esposa e mora com uma filha e dois dos quatro netos. O cearense gosta de ouvir música “gauchesca”. Quer descansar e passear quando puder.

Data da foto e entrevista: 22 de fevereiro de 2017
Ouça a voz de José abaixo

 

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