O delicado trabalho de restauro do casarão conhecido por Alameda 40, na Alameda Rio Branco, Centro de Blumenau, foi retomado nesta semana. O imóvel é tombado pelo Estado e a obra estava parada desde agosto do ano passado por causa de um problema detectado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), órgão do governo do Estado que cuida do patrimônio cultural de Santa Catarina.
O empreendedor havia obtido autorização para trabalhar na recuperação do telhado do imóvel. Como mais da metade da estrutura de madeira estava comprometida, a cobertura teve que ser desmontada.
O ato de retirar o telhado gerou a ordem de paralisação da obra por parte da FCC. No entendimento do órgão, a recuperação tinha que ser providenciada sem a retirada da estrutura.
O empreendedor diz que seguiu recomendação técnica do engenheiro para quem a recuperação só seria possível com a estrutura desmontada. Todas as peças foram catalogadas e estavam guardadas em um galpão.
O impasse foi resolvido com a readequação do projeto no final do ano passado, quando uma nova autorização foi emitida pela Fundação Catarinense de Cultura. Com as férias de fim de ano e a forte onda de covid-19 em janeiro, só agora foi possível montar uma equipe para dar continuidade aos trabalhos.
Cronograma
A expectativa do empreendedor — o empresário da área da construção Gilbert Serpa — é de finalizar a recuperação do telhado em três meses. Para recuperar o restante do imóvel ele ainda aguarda a autorização da FCC. Serpa espera concluir todo o restauro ainda no primeiro semestre.
O casarão deve funcionar como uma espécie de centro comercial. Três empresas já manifestaram interesse em ocupar espaços, mas nenhuma delas oficializou a locação. Os contratos devem ser assinados quando o restauro for concluído.
O Alameda 40 fará parte de um complexo comercial que vai incluir outros imóveis do entorno. As edificações também serão restauradas no futuro.
História
Construído pelo então prefeito de Blumenau Curt Hering, o casarão foi inaugurado em 1927 para ser sede dos Correios. A estatal permaneceu no local até 1969, quando se mudou para a Rua Curt Hering. De lá para cá o imóvel abrigou várias empresas comerciais.
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Sobre o Pancho
Sou jornalista formado pela Universidade do Vale Itajaí (Univali) e atuo como profissional desde 1999. Fui repórter...
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Para que existe e serve a FCC, senão para atrapalhar e servir de cabide de emprego para os afilhados de políticos