Dalto dos Reis tem 72 anos e nasceu em Blumenau. Veio ao mundo nas mãos de um parteira contratada pelos pais, um operário e uma dona de casa. Tem três irmãos e estudou nos colégios Adolfo Konder e Pedro II. O primeiro emprego conseguiu aos 15 anos no Banco Indústria e Comércio de Santa Catarina (Inco). Também trabalhou nas rádios Nereu Ramos e Alvorada. Por duas vezes foi presidente da União Blumenauense dos Estudantes. Exercia o cargo no ano em que o Exército tomou o poder e por isso foi conduzido 16 vezes à sede do 23º Batalhão de Infantaria. Cursou Direito na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Sonhava em ser um grande criminalista, mas nunca exerceu a profissão. Em Florianópolis presidiu o Centro Acadêmico 11 de Fevereiro e o Diretório Central dos Estudantes da UFSC. Nesse período, em plena ditadura, foi conduzido dezenas de vezes ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops). “Para os militares, estudantes eram comunistas”. De volta a Blumenau foi convidado pelo então prefeito Evelásio Vieira para trabalhar na prefeitura. Não pensava nisso, mas se viu encantado pela proposta quando Lazinho disse que um dia ele poderia ser prefeito da cidade. Logo fez um curso de pós-graduação em Administração Pública Municipal na Escola Nacional de Serviços Urbanos (Ensur) no Rio de Janeiro, onde ficou por um ano. Lá conheceu a mulher com quem se casaria um ano mais tarde e com quem teve dois filhos. De volta a Blumenau trabalhou nas equipes dos prefeitos Félix Theiss e Renato Vianna. Também atuou como secretário executivo da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi). Em 1982 ele foi eleito prefeito pelo PMDB. O mandato durou seis anos e foi marcado pelas duas grandes enchentes, de 1983 e 1984, e pela criação da Oktoberfest Blumenau. Saiu da prefeitura um pouco decepcionado. Diziam que ele tinha saído rico, mas garante que deixou o cargo mais pobre do que quando entrou. Longe dos cargos públicos fez de tudo um pouco. Chegou a ser candidato a deputado estadual, mas não se elegeu. Trabalhou na gestão de Décio Lima. Quando saiu desenvolveu algumas atividades comerciais. Hoje está separado há 10 anos e ainda não é avô. Aposentado, participa ativamente das questões do PMDB. Não tem muitas atividades paralelas. As viagens diminuíram com o aumento do medo de avião. Gosta de ler e não tem planos para o futuro.
Data da entrevista e foto: 3 de outubro de 2017
Ouça abaixo um pouco da voz de Dalto
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Sobre o Pancho
Sou jornalista formado pela Universidade do Vale Itajaí (Univali) e atuo como profissional desde 1999. Fui repórter...
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