O núcleo Blumenau do Instituto de Arquitetos do Brasil( IAB), o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Regional de Blumenau (Furb) e o Centro Acadêmico de Arquitetura da Furb (Cenarq) assinaram um ofício em se manifestam contrárias à demolição da fachada do prédio que abrigou o Jornal de Santa Catarina e a Fábrica de Chapéu Nelsa. O proprietário do terreno entrou com um pedido na prefeitura para demolir a estrutura e anexou três laudos técnicos recomendando a medida por falta de segurança.
As entidades entendem que a fachada tem valor histórico para a cidade. Segundo elas, o estilo art déco simboliza a mudança de uma Blumenau rural para a modernidade. O imóvel também seria integrante do segundo processo de industrialização da cidade, “marco importante para o resgate da memória e identidade blumenauense”.
Além disso, o prédio é projeto de Simon Gramlich, arquiteto que também foi responsável por grandes obras religiosas, comerciais e residenciais na região. Por fim, as entidades destacam o protagonismo feminino na fábrica de chapéus por meio de Elsa Leder.
No documento, os signatários pedem que não se aceite a demolição como única alternativa técnica viável. Também reiteram a preocupação em relação ao escoramento e sustentação da fachada existente que está sob responsabilidade do proprietário.
O documento foi encaminhado aos integrantes do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural Edificado (Cope), que deve avaliar o pedido de demolição na próxima reunião em maio. Também foi distribuído entre os associados do IAB.
Mudança de planos
O proprietário do imóvel já havia entrado com um processo na prefeitura para construir uma espécie de boulevard gastronômico no local. A ideia inicial era aproveitar a fachada remanescente, dando destaque aos arcos e à história da edificação.
O empreendedor disse que com o tempo percebeu a deterioração do material que dá sustentação à fachada e por isso contratou três empresas que emitiram os laudos técnicos. Hoje há no local andaimes dos dois lados da parede que ajudam a dar sustentação, mas, segundo o proprietário, não seriam suficientes para impedir a deterioração da fachada.
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Sobre o Pancho
Sou jornalista formado pela Universidade do Vale Itajaí (Univali) e atuo como profissional desde 1999. Fui repórter...
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Porque não levam pras suas casas e instalem na frente delas…
É bizarro como essa turma incomoda o desenvolvimento da cidade! Pode perguntar pra qualquer um com bom senso mandaria demolir a estrutura. Mas o que não falta é gente pra criar problema e tentar vender solução.
[…] 15/04/2021 2 min de leitura […]
Empresário blumenauense sendo empresário blumenauense. Faz de tudo para demolir o pouco que resta de patrimônio, aliado a falta de incentivo fiscal do poder público, mas adora postar e arrotar nas redes sociais as viagens à Europa dizendo que lá tudo lindo e preservado. De novo, engraçado é que o conhecimento sempre deve ser nivelado por baixo. Então se ninguém tem senso de pertencimento e não conhece sua própria história local, então não podemos preservar nada. Só na Europa é bonito preservar para que iremos lá gastar o dinheiro com uma atração turística histórica enquanto que os nossos aqui estão caindo aos pedaços. Povo sem história é povo sem futuro.