Covid-19: internações em UTIs de Blumenau aumentam 51% em uma semana e há apenas 10 leitos 

É cada dia maior a preocupação com a possibilidade de colapso no sistema de saúde de Blumenau devido ao crescimento do número de casos, internações e mortes por covid-19. Nesta terça-feira tivemos confirmada mais uma morte, mais 209 casos e duas internações em UTI. Agora somamos 20 moradores da cidade que perderam a vida para a doença, 4.669 que estão ou estiveram com o novo coronavírus e 53 pacientes internados nas unidades de terapia intensiva da cidade, o que representa uma ocupação de 84%.

O número que mais cresce, e mais preocupa, é o de internações em UTI. Nos últimos sete dias a quantidade de gente internada nos leitos da cidade aumentou 51%. Passou de 35 na terça-feira passada para 53 nesta terça-feira. Hoje temos, segundo a prefeitura de Blumenau, apenas 10 leitos disponíveis para novos pacientes da doença.

Se fizermos a projeção fica fácil perceber que atingiremos 100% até o fim da semana semana. Para melhorar a situação 25 novos leitos estão sendo providenciados. Dez no Hospital Santo Antônio e 15 no Hospital Santa Isabel.

Esses leitos já têm respiradores, enviados na segunda-feira pelo governo estadual, e aguardam monitores que devem chegar ao estado ao longo da semana. Assim que possível, eles serão ativados de acordo com a demanda.

Para abrigar esses leitos os hospitais estão reorganizando espaços que antes eram usados com outras finalidades. São, portanto, estruturas provisórias que atenderão em regime excepcional. Nas palavras do prefeito Mário Hildebrandt, é estratégia de guerra.

Médio Vale

Pela manhã prefeitos do Médio Vale do Itajaí tiveram um reunião com o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, e cobraram os leitos que ainda faltam no Hospital Oase, em Timbó, referência na região para o tratamento de covid-19. A promessa no início da pandemia era equipar a instituição com 45 leitos de UTI, mas apenas 30 estão prontos e sendo usados.

Outro pedido foi em relação ao Alto Vale do Itajaí, onde a ocupação de leitos também preocupa. Se novos leitos não forem abertos por lá, pacientes de Rio do Sul e região podem sobrecarregar o sistema daqui.