Enfim surge com mais nitidez a possibilidade de termos na cidade um mercado público para chamar de nosso. Passados 14 anos desde a escolha do projeto arquitetônico, a prefeitura lançou nesta segunda-feira o edital de licitação para conceder à iniciativa privada o direito de construir e explorar comercialmente o empreendimento.
Os interessados — se houver — só serão conhecidos no dia 23 de novembro, quando está prevista a abertura dos envelopes com a documentação de cada concorrente e a proposta de valor pela outorga, ou seja, quanto o interessado vai pagar para a prefeitura pelo direito de erguer o mercado público e cobrar pelos espaços e serviços que serão criados com a estrutura. O valor mínimo é de R$ 22 mil por ano. A concessão valerá por 35 anos.
Projeto
De acordo com o que está especificado no processo de licitação, o mercado público será erguido no mesmo terreno em que hoje funciona a feira livre, na Rua Humberto de Campos. A área do terreno é de 4,1 mil metros quadrados e o mercado terá 11,9 mil metros quadrados de área construída.
O projeto prevê a possibilidade de quatro pavimentos. Dois deles estão no subsolo e serviriam como estacionamento. Estão previstas 268 vagas.
O térreo será ocupado pelos atuais feirantes com produção local e artesanal. Também serão construídos alguns boxes para alimentação e há a sugestão de abrigar uma choperia. As laterais seguem sem paredes em três dos quatro lados do prédio, o que garante a circulação de ar no local.
As bancas dos feirantes podem ser removíveis. Com isso, o concessionário tem a possibilidade de alugar o espaço para eventos nos dias em que não há feira livre.
O pavimento mais alto será um mezanino. Ele terá uma área menor que o térreo, ou seja, de cima será possível ver parte da feira que funcionará no térreo
Lá estão previstos alguns boxes para comércio de alimentos e outros para serviços diversos. Um restaurante e a parte administrativa do mercado também estarão no pavimento superior.
Aparência
Por fora o mercado público será como mostram as imagens desta postagem. O projeto arquitetônico foi escolhido em um concurso público nacional realizado em 2007 pela prefeitura em parceria com o Instituto de Arquitetos do Brasil em Santa Catarina (IAB/SC).
O concurso recebeu 158 inscrições e 87 projetos de todo o Brasil foram entregues. O projeto vencedor é da Terra Arquitetura, aqui de Blumenau.
O edital de licitação prevê um prazo máximo de quatro meses para a vencedora elaborar e aprovar na prefeitura os projetos executivos. Uma vez iniciada a obra, os trabalhos devem durar um ano.
Fontes de renda
Segundo os estudos feitos pela prefeitura, o concessionário vai investir algo em torno de R$ 25 milhões para construir a estrutura. Como fonte de renda, o edital aponta algumas opções:
— Exploração comercial dos boxes, lojas, bancas e espaços temporários;
— Locação para a realização de eventos;
— Exploração publicitária da área interna e de “naming right“;
— Exploração do estacionamento rotativo de veículos;
— Exploração de canais de e-commerce e/ou marketplace;
— Outras fontes desde que aprovadas pelo poder público.
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Sobre o Pancho
Sou jornalista formado pela Universidade do Vale Itajaí (Univali) e atuo como profissional desde 1999. Fui repórter...
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