Fábio Luis Hostert é hoje, aos 40 anos, bem diferente da criança que nasceu em Blumenau e morou até os 26 anos no bairro Bela Vista em Gaspar. Naquela época, a mãe vendedora e o pai empresário diziam que o menino não incomodava. Passava o dia em casa fazendo as tarefas e assistindo televisão. Uma criança pacata, ou “paçoca”, como diz o próprio Fábio. Bem diferente da irmã mais nova. Em Gaspar ele estudou na Escola Arnoldo Agenor Zimmermann e depois em Blumenau no Colégio Dr. Blumenau e no Pedro II. Teve o primeiro emprego na empresa de fotolito do pai e depois trabalhou em outros locais, mas no mesmo ramo. Gostava de artes e pensou em cursar Educação Artística na Furb. Foi quando conheceu o teatro, arte que escolheu para estudar, trabalhar e viver. Logo fez parte do Grupo Teatral Phoenix, da Furb, e teve uma rápida passagem pela Equipe Vira-Lata de Teatro. Em 2000 encontrou o lugar dele na Cia Carona, onde está até hoje como ator, professor e, mais recentemente, diretor. Também dá aulas na Furb. Em 2017 coordenou pela primeira vez o Festival Internacional de Teatro Universitário de Blumenau (Fitub), que chegou à 30ª edição. Há poucos anos fez parte do grupo que reativou o coletivo LGBT Liberdade, trabalho que despertou nele posicionamentos políticos e sociais, além de inspiração para criar a drag queen Eva Pepper, que em breve deve ser convocada pela Cia Carona. Fábio é solteiro, mas já esteve casado por um ano e meio com um argentino que conheceu lá e trouxe para cá. Tem na Carona o porto seguro. Um lugar de encontro e realização e de onde não pensa sair tão cedo.
Data da foto e entrevista: 5 de julho de 2017
Ouça abaixo um pouco da voz de Fábio
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