Vega 

Iván Patricio Vega Farfán, 68, nasceu em Valparaíso, litoral chileno. O pai trabalhou 39 anos no casino municipal de Viña del Mar, cidade vizinha, e a mãe era dona de casa. Teve três irmãos. Estudou num colégio de padres e na infância e adolescência gostava de praticar esportes, basquete e futebol entre eles. Estudou Geografia na Pontifícia Universidade Católica em Valparaíso e chegou a dar aulas no curso de Turismo de um departamento universitário. Também trabalhou na Secretaria de Turismo da cidade. O desemprego, segundo Farfán, era um dos problemas no Chile logo após o golpe militar e isso o fez sair do país. Escolheu o Brasil por ter um colega trabalhando em Florianópolis. Na ilha lhe disseram que deveria ir a Blumenau, onde conseguiu um trabalho na prefeitura em 1977. A namorada veio meses mais tarde e no final do ano foram para o Chile, onde se casaram na companhia das famílias. Ele voltou duas semanas depois e ela, no início de 1978, grávida. O casal alugava um quarto na casa de uma viúva na Rua Lauro Müller. Depois alugaram um apartamento no prédio do restaurante Gruta Azul, na Rua Floriano Peixoto. Nasceu o primeiro filho. Se mudaram para uma casa no final da Rua Pastor Osvaldo Hesse, onde ficaram por 13 anos e tiveram o segundo filho. Enfim, compraram uma casa na Velha Central, onde estão até hoje. Com o casal, vivem o filho mais velho, a esposa e os três netos. Patricio continua na prefeitura e nas horas de lazer gosta de tocar violão e cantar músicas românticas, além de se aventurar na quena e na pan flute, instrumentos de sopro típicos dos Andes. Também assiste a documentários na televisão. Ainda quer conhecer a Espanha, terra de onde vieram os antepassados, mas não pensa em volta para o Chile. Gosta de Blumenau e por aqui quer ficar.

Data da foto e entrevista: 11 de maio de 2017
Ouça a voz e o sotaque portunhol de Patricio abaixo